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domingo, 8 de agosto de 2010

Ouvi essa mensagem muito significativa esse final de semana.

De (Luiz Fernando Veríssimo)

Ainda Pior que a convicção do não,
é a incerteza do talvez,
é a desilusão de um quase!

É o quase que me incomoda,
que me entristece,
que me mata trazendo tudo
que poderia ter sido e não foi.

Quem quase ganhou ainda joga,
quem quase passou ainda estuda,
quem quase amou não amou.

Basta pensar nas oportunidades
que escaparam pelos dedos,
nas chances que se perdem por medo,
nas idéias que nunca sairão do papel
por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes,
o que nos leva a escolher uma vida morna.

A resposta eu sei de cor,
está estampada na distância
e na frieza dos sorrisos,
na frouxidão dos abraços,
na indiferença dos "Bom Dia",
quase que sussurrados.

Sobra covardia e falta de coragem até para ser feliz.

A paixão queima,
o desejo trai,
o amor às vezes cega,

Talvez esses fossem bons motivos
para decidir entre a alegria e a dor.
Mas não são!!

Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo,
o mar não teria ondas, os dias seriam nublados
e o arco-íris em tons de cinza.

O nada não ilumina, não inspira,
não aflige nem acalma,
apenas amplia o vazio
que cada um traz dentro de si.

Preferir a derrota prévia
à dúvida da vitória
é desperdiçar a oportunidade de merecer.

Para erros há perdão,
para fracassos, chance,
para amores impossíveis, tempo.

De nada adianta cercar um coração vazio
ou economizar alma.
Um romance cujo fim
é instantâneo ou indolor não é romance.

Não deixe que a saudade sufoque,
que a rotina acomode,
que o medo impeça de tentar.

Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando...
Fazendo que planejando...
Vivendo que esperando...
Porque embora quem quase morre esteja vivo,
quem quase vive já morreu.

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